domingo, 14 de janeiro de 2018

Dakar 2018: Peterhansel foi o melhor na Bolívia

Stephane Peterhansel pode não ter mais chances de vitória depois do que aconteceu ontem, mas hoje, na (agora única) etapa em terras bolivianas, entre Uyuni e Tupiza. O piloto francês conseguiu ser mais veloz do Cyril Després, em 49 segundos, e Nasser al Attiyah, em dois minutos e 12 segundos. Foi uma tirada bem equilibrada, marcada pela desistência de Carlos Sousa, vitima de um radiador furado no seu Renault Duster.

Mesmo assim, Peterhansel afirma que, apesar de ter sido um bom dia, as suas chances vitórias são escassas: “Foi longo, com secções complicadas em altitude, portanto já foi difícil. Mas pelo menos não tivemos problemas, o que é bom. Não estou de volta à discussão porque estamos a falar de horas de diferença e só recuperámos alguns minutos. Ganhar dois minutos ao Nasser Al-Attiyah não nos recoloca na discussão”, começou por dizer.

O piloto da Peugeot comentou ainda o cancelamento da nona etapa: “É uma pena que a etapa de amanhã tenha sido cancelada porque precisávamos de todas as oportunidades que tivéssemos nas mãos para recuperar tempo”.

Na geral, Carlos Sainz mantém a liderança, agora com uma hora, seis minutos e 37 segundos de avanço para Nasser Al-Attiyah. Hoje recuperou um pouco, enquanro que Peterhansel é terceiro, mas a uma hora, 13 minutos e 42 segundos de Sainz. A dez minutos do homem da Peugeot está o holandês Ten Brinke, no seu Toyota, com o sul-africano De Villiers agora a ser o quinto, a uma hora, 37 minutos e nove segundos.

Nas motos, Antoine Meo foi o melhor em terras bolivianas. O piloto da KTM foi melhor do que o Honda de Ricky Brabec em um minuto e oito segundos, enquanto que o terceiro melhor tempo ficou nas mãos de Toby Price, que terminou a dois minutos e 45 segundos do seu companheiro de equipa, na frente de Kevin Benavides. O piloto argentino perdeu cinco minutos e 52 segundos na etapa deste domingo.

A estratégia era atacar ao máximo e andei no limite. Mas depois parei para ajudar o Quintanilla que tinha caído e estava com um problema na moto e quando retomei a corrida perdi algum ritmo e acabei por cair também perto do quilómetro 400, mas a moto está bem. Agora com o cancelamento da etapa de amanhã as minhas chances de atacar a liderança ficam, mais reduzidas, mas vou dar tudo a caminho de Fiambalá. Está tudo em aberto quando à vitória na prova”, comentou Meo.

Joan Barreda Bort, ainda a recuperar da queda de ontem que o feriu num joelho, este domingo perdeu 12 minutos, tendo também pago a fatura por abrir a pista. Mas resiste a todos os obstáculos. Adrian Van Beveren, o líder da geral, terminou a etapa a oito minutos e 44 segundos do vencedor, e a diferença para Benavides diminuiu para meros... 22 segundos.

Com esta diferença tão curta, vai ser mesmo até ao fim até que saberemos quem será o vencedor nesta categoria. Matthias Walkner, o terceiro da geral, não está longe: oito minutos e 44 segundos.

Com a etapa de amanhã cancelada, máquinas e pilotos retomarão ao Dakar na terça-feira, numa etapa entre Salta e Belén, em terras argentinas, no total de 795 quilómetros, 392 dos quais em troço cronometrado.

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